Por Rubia Lima de Gois
Chega
junho na pequena Santa Cecília! E com ele a certeza de que o frio se aproxima. Frio
que obriga os serranos a preparar lenha para mais um rigoroso inverno. Eucalipto,
bracatinga ou imbuía aquecem o fogão e o coração do povo desta terra.
Com
o frio, chegam tímidos alguns poucos turistas. Neste pedaço da Europa
Brasileira, buscam o aconchego e a hospitalidade. Ao deixarem os modestos
hotéis pela manhã se encantam com um manto branco que encobre a cidade – é a
geada tão comum aos olhos cecilienses!
A
geada fria e suave encanta nativos e forasteiros. Mais que depressa este
momento único é eternizado em fotos, que lotam redes sociais e circulam Brasil
a fora, levando a beleza ceciliense a outros olhos!
Mais
belas e encantadoras que a geada em terra serrana, apenas as prendas, que como
flores a enfeitar o jardim, enfeitam esta terra úmida e fria. Com o seu bailar
em vaneras e fandangos conquistam os turistas, que já seduzidos pelo frio e
pelo roncar das cuias de chimarrão resolvem aqui ficar.
E
como são recebidos?Como seres dignos do mesmo chão e do mesmo sol. E nesta
terra onde todos se juntam em uma roda de chimarrão, percebe-se que o dia pode
ser de frio, mas aquecido pelo fogão a lenha e pelos reflexos do sol sobre cada
lugar, pode-se viver a alegria que se vê estampada em cada rosto.
CRÔNICA escrita pela aluna Rubia Lima de Gois para a Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro 2014
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