Por Jaqueline de Souza
O fogão amanhece ardente nas manhãs
ceciliences. O chimarrão roda de mão em mão sem jamais ser deixado de lado. É
frio no alto da serra!
O frio torna a pequena Santa Cecília
ainda mais linda, amável e aconchegante como as roupas recém lavadas no varal, exalando
um suave perfume ao soprar do vento. O fogão à lenha aproxima as pessoas, com o
chimarrão passa de mão em mão. Em cada ronco da cuia, uma nova história cabocla
é ressuscitada! Pode até parecer brega, mas é a cultura serrana jamais
esquecida!
Ao cair da tarde o sol adormece por
traz das montanhas. O vento minuano sopra mais forte, trazendo o mesmo frio da
manhã. No coração da cozinha sob a chapa, ainda ardente do fogão, o pinhão
estala e a cuia ronca novamente faceira completando a roda de chimarrão!
Chega
mais uma gelada noite de inverno. As casas se fecham. A fumaça some das
chaminés. É o fogão enfim, sendo vencido pelo cansaço da lida diária! Só então
o homem serrano se rende ao sono.
CRÔNICA escrita pela aluna Jaqueline de Souza (1°EMI) para a Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro 2014.
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