terça-feira, 26 de agosto de 2014

PINHÃO NA CHAPA, CHIMARRÃO NA MÃO

Por Jaqueline de Souza

O fogão amanhece ardente nas manhãs ceciliences. O chimarrão roda de mão em mão sem jamais ser deixado de lado. É frio no alto da serra!
O frio torna a pequena Santa Cecília ainda mais linda, amável e aconchegante como as roupas recém lavadas no varal, exalando um suave perfume ao soprar do vento. O fogão à lenha aproxima as pessoas, com o chimarrão passa de mão em mão. Em cada ronco da cuia, uma nova história cabocla é ressuscitada! Pode até parecer brega, mas é a cultura serrana jamais esquecida!
Ao cair da tarde o sol adormece por traz das montanhas. O vento minuano sopra mais forte, trazendo o mesmo frio da manhã. No coração da cozinha sob a chapa, ainda ardente do fogão, o pinhão estala e a cuia ronca novamente faceira completando a roda de chimarrão!
Chega mais uma gelada noite de inverno. As casas se fecham. A fumaça some das chaminés. É o fogão enfim, sendo vencido pelo cansaço da lida diária! Só então o homem serrano se rende ao sono.


CRÔNICA escrita pela aluna  Jaqueline de Souza (1°EMI) para a Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro 2014.



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